Felipe Herranz M. - El Cirujano, Por Van Sanders
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CaracterĂsticas principais
Marca | FELIPE HERRANZ M. |
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Modelo | El cirujano, por Van Sanders |
Descrição
FELIPE HERRANZ M. (Espanha, séc.XIX)
"El cirujano, por Van Sanders".
Pintura em esmalte sobre cobre, esmalte Ă fogo.
Medidas: 14 x 17 cm,/ 36,5 x 39,5 cm.
D'APRĂS: Jan Sanders van Hemessen(1500â)
"Der Steinschneider"(O cirugiĂŁo)
Ăleo sobre madeira, 100 x 141 cm, Madrid, Museo del Prado
Data: entre 1550 e 1555.
CONCEITO: Como na obra, "A EXTRAĂĂO DA PEDRA DA LOUCURA" (1475-1480) primeira fase do pintor holandĂȘs HIERONYMUS BOSCH, Ă© incluĂda num conjunto de gravuras satĂricas e burlescas que na Ă©poca se realizavam nos PaĂses Baixos. Mostra a loucura e a credulidade humanas: uma espĂ©cie de operação cirĂșrgica que se realizava durante a Idade MĂ©dia, e que segundo os testemunhos escritos sobre ela, consistia na extirpação de uma pedra que causava a loucura do homem. Acreditava-se que os loucos eram aqueles que tinham uma pedra na cabeça.
Na obra aparece um falso mĂ©dico que em vez de um barrete usa um funil na cabeça (sĂmbolo da estupidez), extrai a pedra da cabeça de um indivĂduo que olha em direcção a quem vĂȘ o quadro, ainda que em realidade o que estĂĄ a extrair Ă© uma flor, uma tulipa. A sua bolsa de dinheiro Ă© atravessada por um punhal, sĂmbolo do seu delito. Ă usado como uma crĂtica contra os que acreditam estar em posse do saber mas que, afinal, sĂŁo mais ignorantes que aqueles a quem pretendem curar da sua «loucura». Um frade e uma freira estĂŁo presentes tambĂ©m na cena; a religiosa tem um livro ferrado em cima da cabeça: isto pode ser uma espĂ©cie de alegoria Ă superstição e Ă ignorĂąncia, de que se acusava fortemente o clero. Esta figura feminina pode ser entendida igualmente como uma bruxa com o livro dos conjuros sobre a cabeça. O frade sustĂ©m um cĂąntaro de vinho. O tema do quadro juntamente com o formato circular em que se realiza poderia remeter de certo modo a um espelho, e assim parece atirar ao mundo a imagem da sua prĂłpria estupidez ao desejar superĂĄ-la deste modo tĂŁo errĂłneo.
A legenda que aparece escrita no quadro diz "Meester snyt die Keye ras, myne name is Lubbert Das", que significa" Mestre, extrai-me a pedra, meu nome Ă© Lubber Das. Lubber Das era um personagem satĂrico da literatura holandesa que representava a estupidez.
A representação do frade como ébrio e a freira como ignorante poderia apontar para o anticlericalismo de Hieronymus Bosch, influenciado pelas correntes religiosas pré- reformistas na Flandres, como a "Devotio Moderna", que defendia a comunhão direta com Deus sem a intervenção da Igreja oficial.